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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Azeitão

Foto de José Rasquinho A Fonte de Aldeia Rica, deslocada, em 1994, por motivos de segurança rodoviária para a outra lado da estrada e alguns metros mais acima, tem um primoroso baixo-relevo figurativo, em mármore de Estremoz, cuja simbologia e origem, reputados historiadores, não têm conseguido fundamentar de forma a se estabelecer alguma concordância. O conjunto esculpido tem como elementos figurativos medalhões, pombas. anjos e cordeiros, que tanto podem simbolizar o Santíssimo como São João Baptista, como ainda elementos de adoração pagã. Mantendo-se como referência documental, as acusações, já citadas anteriormente, a Agostinho Machado de Faria, verifica-se que a construção da Fonte de Oleiros faz parte do libelo acusatório :"(...) Passou a fazer o d.to ministro (Agostinho Machado de Faria) treceyro xafariz, que mandou estabelecer de novo emediato a Aldeya Rica, fazendo conduzir p. a o mesmo a agoa, que mandou encanar desde o cítio de Val de Rios ... tudo com opressão e trabalhos dos pobres a quem nunca pagou ... "Prosseguindo na leitura da acusação, no sentido de se achar alguma pista esclarecedora do enigma supra, detecta-se a determinada altura uma, referência ténue que nos indica um provável caminho : "... mandou extrair dos Paços da Extinta Caza de Aveiro pedraria de marmore, lagedos e porttais de pedra jaspe ... isto pr'a obras que não tinham a provisão Real . Como se verifica, não é mencionado a ornamentação deste "xafariz" , mas sim o "crime" de - provavelmente - o terem mandado construir "com pedraria de mármore, lagedos ... Joaquim Rasteiro, em 1897 , classificou o baixo-relevo da fonte, como "... uma antiguidade a que não se pode marcar origem conhecida mas que deve ter sido trazida para o local em fins do século XVIII ..." . Referiu, também, a existência de uma outra pedra igual que estaria colocada sobre o portão numa quinta em Alferrar, perto de Setúbal, que pertenceu ao Visconde de Montalvão. E acrescenta: - " ... que nenhuma delas foi feita de propósito para os lugares que ocupavam mas aproveitadas para ornamentá-los ..." Uma pedra idêntica - (a terceira) é identificada por Rafael Monteiro, em 1955, na Quinta da Aiana de Baixo, próximo de Sesimbra . Entretanto, em 1977, um baixo-relevo, muito provavelmente o que Joaquim Rasteiro tinha identificado na quinta do Visconde de Montalvão, foi detectado pelo investigador Faria Monteiro, na colecção do Banqueiro Jorge de Brito, o qual o tinha comprado a um antiquário, que por sua vez, o tinha adquirido a um descendente do citado visconde. Texto de Joaquim Oliveira (Fonte internet)